A iniciativa está intimamente
ligada ao engenho criador de cada indivíduo. O espírito é a imagem da Força
Criadora, e, portanto, tem em desenvolvimento os seus atributos criadores.
Os espíritos encarnados,
faltos de iniciativa, não têm feito uso adequado, no pretérito, desse poder
latente adormecido no seu “eu”, poder que, quando estimulado, incentiva o
progresso, atua no seu desenvolvimento positivo, cria novas situações de bem
estar, sempre que conduzido com elevação espiritual.
A iniciativa exige ação,
movimento, intercâmbio e frutificação
condição dinâmica imposta pela vida nas operações cotidianas pois o Universo não pára o seu movimento um
só instante. Assim também a mente trabalha constantemente, apenas sendo
necessário coordenar o seu trabalho, orientando o, dando lhe um salutar sentido
e fazendo o convergir para as iniciativas.
A iniciativa promove a
circulação dos bens, do dinheiro, das utilidades, das ideias, dos
conhecimentos, das ilustrações e das leis da verdade libertadora. Reter a
circulação dos bens, é dificultar a evolução espiritual. Cumpre observar a
parte que a cada um toca na ação conjunta de movimentar a riqueza, seja ela
material ou espiritual.
Somente os dorminhocos não
manifestam iniciativas. Estão, de algum modo, paralisados à margem do caminha
da Vida, sem se aperceberem do cenário que passa e o tempo leva.
A iniciativa traz, não raro,
aumento de encargos, maior trabalho, mais intensa atividade. Mas é sempre
reconfortante vê la produzir os seus frutos e alcançar os objetivos em mira. A
coroação de um êxito é uma vitória, e as vitórias fortalecem o espírito.
Os grandes empreendedores chegaram a ser o que são pela soma de vitórias alcançadas desde um passado remoto, reproduzidas numerosas vezes. Logo, é necessário que a criatura ponha em prática as suas iniciativas, sem cruzar os braços diante delas, mas impulsionando as, dando lhes vida e ação, sempre que a sua finalidade for ao bem comum.
Os grandes empreendedores chegaram a ser o que são pela soma de vitórias alcançadas desde um passado remoto, reproduzidas numerosas vezes. Logo, é necessário que a criatura ponha em prática as suas iniciativas, sem cruzar os braços diante delas, mas impulsionando as, dando lhes vida e ação, sempre que a sua finalidade for ao bem comum.
A iniciativa bem planejada
conta com probabilidade de sucesso, mas se uma ou outra não atingir o resultado
esperado, não deve ser motivo de desânimo, pois as experiências também têm o
seu preço. A arte de planejar depende dos recursos da experiência.
Na partilha das funções
terrenas, cabe a cada um tomar iniciativas em ocasiões propícias, fazendo se,
previamente, o necessário exame das conjunturas, para se verificar se a
iniciativa é ou não viável. Não é necessário que se corram riscos demasiados, visto
ser muito importante o fator segurança.
A Natureza, com suas
transformações, aponta uma sucessão de iniciativas reveladas no "eu"
espiritual dos seres humanos. Tanto a Natureza, expressão máxima da Força
Criadora, como a partícula dessa Força ¾ o espírito ¾
são; são
produtores de iniciativas, cada qual na sua esfera de ação.
As iniciativas quebram a
rotina estagnante, para imprimir novas forças ao cenário da vida, articulando
esforços, desenvolvendo atividades e encorajando as operações humanas.
O espírito esclarecido está sempre pronto a dar de si o que tiver de melhor e, neste caso, convém conceder o devido apreço ao valor das iniciativas que ele possa produzir, desde que se volte para o lado nascente das realizações úteis.
O espírito esclarecido está sempre pronto a dar de si o que tiver de melhor e, neste caso, convém conceder o devido apreço ao valor das iniciativas que ele possa produzir, desde que se volte para o lado nascente das realizações úteis.
A iniciativa deverá estribar
se nos recursos da possibilidade, para que não se venha a dar o caso de se
perderem numa inoportunidade, numa imprudência, os melhores impulsos
renovadores.
Não é possível conceber a
evolução, sem se reconhecer, por trás dela, acionando a, a mola da iniciativa.
Muito se perde quando não se transmite à iniciativa o calor que ela precisa
ter. Pela indolência, iniciativas de grande valor perdem a sua força
realizadora.
A vida reclama um movimento
dos valores concretos ou abstratos, como meio de fazer chegar ao alcance de
todos os recursos adequados que cada alma aspira. Este desenrolar de atividades
mais se acentua, com um maior fomento das iniciativas.
Seres de iniciativa são os que
mais prosperam nas especialidades que escolheram. Em cada iniciativa que criam,
nasce uma força que alimenta um novo campo de ação. Campos de ação são campos de
cultivo, são áreas impregnadas de energia vital que, quanto mais extensas, mais
prodigiosas se apresentam os seus resultados em favor da comunidade. Esta
realidade tanto se enquadra na regência da matéria, como na do espírito.
Qualquer um demonstra ter
alguma iniciativa, mas não é a iniciativa envolvida com atos rotineiros que se
destaca; iniciativas como sinônimo de providências, são as que mais se acham
ligadas às ações diárias. Um chamado do pronto socorro, por exemplo, é uma
providência, mais do que uma iniciativa, que surge com a cena do momento. Não é
essa espécie de iniciativa, adotada para um recurso imediato, que se deseja
realçar neste tema.
As grandes iniciativas só
podem partir de seres que tenham larga folha de serviços executados em
numerosas vidas do passado; seres experimentados na solução de dificuldades, no
aproveitamento de ideias; seres que já tenham posto em prática, com êxito, as mais
aplaudidas iniciativas; seres que adquiriram confiança em si mesmos; seres cuja
estrutura espiritual tenha sido enrijecida nas batalhas da vida.
Há os que se queixam dos
revezes, das injustiças sofridas, das incompreensões humanas, das agruras por
que passam, das dificuldades, das insuficiências e de todas as aflições que
sucedem, sem levarem em conta que é por meio desse rigor nas condições
terrenas, que a alma se retempera e se entrega, mais tarde, aos mais elevados
empreendimentos.
Sem cabedal não há fundos para
a criação de iniciativas fecundas, e certo é que esse cabedal é formado com
esforço, dedicação e bom aproveitamento das vidas, ano após ano, existência
após existência, quando se acumulam os créditos de cada uma delas.
O poder da iniciativa pode não
atestar um grau de espiritualidade desenvolvido, porque esta envolve atributos
como a honradez, a retidão, a sensibilidade afetiva, o caráter bem formado e
numerosos outros, mas sendo a iniciativa, como é, um poder criador na órbita da
relatividade, emana do espírito adestrado e reflete o vigor da natureza
espiritual.
Vícios de negligência,
indolência, ócio, irresponsabilidade, egolatria, inércia, apatia, paralisam o
dom da iniciativa. O indivíduo afetado por qualquer dessas fraquezas, adota um
regime parasitário e está a margem da dinâmica da vida, não comparticipando da
evolução dos atos empreendedores da missão constituída.
Cumpre não adormecer diante de
uma boa iniciativa que se haja formulado para o bem comum, para o estímulo de
outras da mesma espécie e para a elevação do nível social. O espaço está
impregnado de boas ideias, emitidas por mentes esclarecidas, que se forem
captadas e convertidas em iniciativas, devem florescer e frutificar para
regozijo da coletividade. Cumpre, no entanto, não exagerar as virtudes da
inspiração, para nunca atribuir a forças externas as suas próprias ideias.
Com respeito a iniciativas,
há, ainda, os que se fanatizam por uma novidade qualquer e passam a perseguir
as pessoas conhecidas, com o desejo de envolvê las na sua rede de pensamentos
obsedantes, para arrastá las ao cometimento do que engendram. São criaturas que necessitam de
tratamento psíquico, na maioria dos casos instrumentos do astral inferior.
Os seres humanos possuem a
mediunidade intuitiva; uns a têm mais desenvolvida do que outros, mas ela é
comum a todos os indivíduos. As iniciativas afloram, não raro, através dessa
mediunidade, apoiando se na capacidade operante do seu agente.
A iniciativa tem de ser sempre
orientada, racionalmente, para o bem. Uma iniciativa que redunde em alterar os
bons costumes, em perverter o meio social, é profundamente negativa e causadora
de danos morais para o seu executor, na proporção dos males consequentes.
Realizações ou empreendimentos
exigem iniciativas, pois sem elas a evolução seria estacionária. Cada indivíduo
normal é uma peça do grande conjunto universal, em que as transformações se
operam no sistema evolutivo. Logo, cabe a cada um, em particular, fazer a sua
parte no lançamento de iniciativas harmoniosas, fertilizantes, construtivas.
A
evolução de um povo depende da qualidade e da quantidade das iniciativas
emanantes em seu meio. Com boas iniciativas, o padrão de vida adquire condições
superiores, a abundância cobre todas as áreas, o bem estar torna se lugar comum
e o espírito alimenta alegria e bom humor.
A
presença da iniciativa vem revelar um exercício espiritual em ação. A tendência
de quem exercita esse dom é de multiplicar as suas iniciativas, que passam a
ocorrer, mais amiudadamente, face aos problemas que surgem.
A
iniciativa nasceu com o livro arbítrio. Ela se projeta com a liberdade do
pensamento. Cabe, no entanto, não só fazer bom uso do livre arbítrio, como
imprimir, em todas iniciativas, o cunho de superioridade que elas requerem,
para se tomarem, como devem, um sustentáculo da evolução.
A Iniciativa
Por Luiz de Souza